Uma mulher prestes a completar 30 anos está no aeroporto de Barajas à espera do voo para Lisboa. Tem um bloco de notas e um lápis, pelo que começa a registar tudo o que vê ao redor, assim como o muito que tem por resolver. Num monólogo intimista e cru, sem cair no politicamente correto, os pensamentos desta mulher ameaçam fundir-se com os do leitor comum.«— Pai, alguma vez pensaste, um dia que morresses, se querias ser enterrado ou cremado?— Cremado é bom.Pestanejei, ele disse aquilo com imensa convicção.— Ah é?— Cremado, com uma cebolinha refogada, no Fausto é barato — é o restaurante onde íamos buscar cozido ao domingo, às vezes. (...) — Mas eles são uns chulos.»
Uma mulher prestes a completar 30 anos está no aeroporto de Barajas à espera do voo para Lisboa. Tem um bloco de notas e um lápis, pelo que começa a registar tudo o que vê ao redor, assim como o muito que tem por resolver. Num monólogo intimista e cru, sem cair no politicamente correto, os pensamentos desta mulher ameaçam fundir-se com os do leitor comum.«— Pai, alguma vez pensaste, um dia que morresses, se querias ser enterrado ou cremado?— Cremado é bom.Pestanejei, ele disse aquilo com imensa convicção.— Ah é?— Cremado, com uma cebolinha refogada, no Fausto é barato — é o restaurante onde íamos buscar cozido ao domingo, às vezes. (...) — Mas eles são uns chulos.»